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Programas ambientais garantem preservação de espécies e reflorestamento

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O ambiente no entorno da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, no sudoeste do Paraná, está hoje em melhor estado de conservação do que antes do empreendimento. E ainda vai melhorar. Ações do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI) para a preservação de espécies nativas, reflorestamento de áreas desmatadas e até a regulação do fluxo das águas das Cataratas do Iguaçu ajudam a recuperar a região historicamente impactada pela ação humana.

Corredor da biodiversidade

A hidrelétrica foi implantada numa área próxima aos limites do Parque Nacional do Iguaçu, o qual abriga uma rica biodiversidade de Mata Atlântica. Fora da unidade de preservação, entretanto, o bioma da região sofreu anos de avanço da agropecuária, além da caça e pesca predatórias. As margens do Rio Iguaçu, embora devessem ser protegidas, foram desmatadas.

Entre as ações para reverter esse cenário, o consórcio coordena o Programa Corredor da Biodiversidade, que vai recuperar ao todo 1.700 hectares de vegetação nas margens do Rio Iguaçu e seus afluentes. A implantação do corredor verde pretende conectar a unidade de preservação com fragmentos isolados de vegetação, criando uma zona de trânsito dos animais e promovendo o retorno de espécies que vinham se tornando raras.

“Esse corredor da biodiversidade vai interligar toda essa riqueza que tem no parque com o entorno do nosso reservatório”, explicou Guilherme Siqueira, gerente de meio ambiente do CEBI. “Isso vai gerarum ganho ambiental surpreendente”.

Proteção de animais

O CEBI coordenou ainda programas de monitoramento e conservação da fauna terrestre, aquática, semi aquática e até dos animais atropelados nas estradas da região. O objetivo foi documentar e resguardar os animais potencialmente impactados pela instalação da hidrelétrica.

“Antes da instalação do empreendimento, fizemos o inventário da fauna no entorno para conhecer o que existia na região”, explicou o biólogo do CEBI Juliano Tupan.

Nas ações de campo, biólogos registraram mais de 300 vertebrados, entre eles espécies ameaçadas de extinção, como o gato-do-mato-pequeno e a onça-pintada, e as chamadas bioindicadoras, ou seja, sensíveis à ação humana, como o gavião-pato e o pássaro macuru. Isso mostrou a alta diversidade da região, apesar do desgaste natural.

Após a realização do inventário das espécies, as equipes tomaram medidas preventivas para preservar os animais durante a construção. Antes de qualquer atividade da obra, elas se deslocavam para resgatar as espécies com risco de serem afetadas.

As ações se mantêm mesmo com as obras concluídas. Os especialistas realizam campanhas mensais para monitorar o desenvolvimento das espécies e garantir que seus ciclos de vida não sejam afetados pelo empreendimento – e que possam até prosperar com a ajuda deles.

Surubim do Iguaçu

Um dos programas de fauna promovido pelo CEBI prestou especial atenção ao surubim do iguaçu, o maior peixe do Rio Iguaçu, que é endêmico, ou seja ocorre apenas na região, e que chegou a ser considerado extinto há algumas décadas. Antes das obras, biólogos usaram tecnologia de ponta para entender o comportamento da espécie.

Os biólogos instalaram na barriga de 50 peixes transmissores de telemetria combinada, que emitem sinais de rádio e acústica. O monitoramento confirmou que o peixe não tem hábitos migratórios. “Os movimentos da espécie foram de curta distância, de até 20 quilômetros”, mencionou Ludwig, que acompanhou o trabalho da bióloga responsável pela pesquisa, Lisiane Hahn, contratada de forma independente.

Esse resultado indica não só que a usina não interfere no ciclo de vida do surubim como ainda trouxe novas informações da espécie. “Um dos ganhos de empreendimentos como esse é gerar conhecimento para a comunidade científica”, comentou Ludwig. Os próximos passos da pesquisa pretendem avaliar se esse comportamento será mantido e investigar os locais de reprodução do surubim. Hoje, o reservatório serve também área de preservação da espécie.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Esses programas obedecem aos itens 6 – “Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e o saneamento para todos” – e 13 – “Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos” – dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

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