Iniciativa liderada pela Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu já restaurou o equivalente a mais de 3.000 campos de futebol para facilitar o deslocamento da fauna e fortalecer a biodiversidade da Mata Atlântica.
A Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu está avançando na consolidação de uma das mais importantes iniciativas ecológicas da região: o Programa de Consolidação do Corredor da Biodiversidade. O projeto visa criar uma conexão funcional entre o Parque Nacional do Iguaçu e as Áreas de Preservação Permanente (APPs) no entorno do reservatório da usina, estabelecendo uma ponte verde que facilita o deslocamento da fauna e promove o fluxo gênico entre fragmentos de floresta.
Com conclusão prevista para 2029, o programa já alcançou marcos significativos, incluindo o plantio de 800 mil mudas de árvores nativas e a recuperação de aproximadamente 2.700 hectares de vegetação ciliar e áreas degradadas. Para dar uma dimensão da escala do projeto, a área em recuperação é superior a 3.000 campos de futebol. Espécies como guamirim, guatambu, caroba e rabo-de-bugio estão sendo utilizadas para recompor a paisagem original da Mata Atlântica e restaurar suas funções ecológicas essenciais.
“O Corredor da Biodiversidade materializa nosso compromisso com a região. Não se trata apenas de restaurar a vegetação, mas de criar um legado ambiental duradouro que integra a produção de energia limpa à proteção ativa dos ecossistemas. Ao conectar o Parque Nacional do Iguaçu às nossas áreas de preservação, estamos construindo um futuro mais seguro para a fauna local”, afirma Bruno Henrique Mattiello, coordenador do projeto da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu.
O sucesso do corredor ecológico também é medido por meio de um monitoramento contínuo da fauna. Um dos focos do acompanhamento é o cágado-rajado (Phrynops williamsi) e a lontra-neotropical (Lontra longicaudis) espécies semiaquáticas cuja presença tem sido registrada tanto no reservatório quanto em áreas protegidas próximas.
O monitoramento de espécies como o cágado-rajado e a lontra-neotropical funciona como um termômetro da saúde do ecossistema. A presença e o deslocamento desses animais pelo corredor indicam que os esforços de restauração estão no caminho certo, oferecendo rotas seguras e recursos para a fauna.
Além da frente técnica, o projeto se destaca pelo forte componente de engajamento social. O programa de educação ambiental promove ações que envolvem diretamente as comunidades do entorno, escolas e os colaboradores da usina em oficinas práticas, fortalecendo a conscientização coletiva sobre a importância da preservação ambiental para as futuras gerações.


