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UHE Baixo Iguaçu gera trabalho e renda com o turismo

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Foz do Iguaçu está entre três e quatro horas de carro, mas a região da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu decidiu diminuir a distância na disputa pelos turistas. Pontilhados por rios, cachoeiras e a Mata Atlântica, os cinco municípios vizinhos ao empreendimento identificam seus encantos e se capacitam a diversificar sua atividade econômica.

Para isso, apostam no Programa de Desenvolvimento Turístico, Lazer e Recreação, realizado pelo Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI). A iniciativa reuniu 11 lideranças do setor público das cinco cidades e empreendedores da região para o reconhecimento das potencialidades locais e a capacitação visando ao desenvolvimento do turismo sustentável. As diretrizes incluíram a busca de recursos e a formação de alianças entre os participantes.

Sobram atrações para moradores e visitantes nos cinco municípios em volta da hidrelétrica. Do Recanto das Águas, em Realeza, à prainha artificial de Nova Prata do Iguaçu; do Balneário Araucária, em Capanema, à Feira do Produtor, em Planalto; da Casa de Cultura Vítor Valendoff, em Capitão Leônidas Marques, à Pedra do Biguá, em Capanema. Só no Guia Turístico da região, produzido pelo consórcio, estão listados 36 pontos, num conjunto que impressiona pela variedade.

“Temos uma sortida infraestrutura de belezas naturais, e ainda ganhamos os lagos das hidrelétricas que estão no território da cidade, Salto Caxias e agora Baixo Iguaçu”, celebra Marli Orben, secretária municipal de Turismo de Nova Prata do Iguaçu. Só nas margens do reservatório da usina mais antiga, há 16 destinos turísticos.

Capacitação mostra os caminhos

Tamanho potencial ganhou corpo em 2018, com o Programa de Capacitação. “Foi fundamental, porque conseguimos a adesão de empresários, produtores rurais, artesãos, comerciantes e outros colaboradores”, agradece Marli. “Hoje, a cidade conta com estrutura de hotéis e pousadas, além de muitas opções gastronômicas”, enumera.

O entusiasmo de Marli se repete pelos municípios da área de influência de Baixo Iguaçu.  O “antes e depois” salta aos olhos de Andreia Elaene Barros, a secretária de Indústria, Comércio e Turismo de Planalto, que atribui ao consórcio o norte para ela poder trabalhar. “Antes, não sabíamos o que fazer”, explica. “Tínhamos identificado as potencialidades e mais nada. As pessoas sequer conseguiam precificar as atrações e serviços. Com a capacitação, começamos a enxergar os caminhos”.

Como Capanema e as outras cidades, por ali ninguém pensava ser possível atrair visitantes, que não estivessem preocupados em fazer negócio com as muitas atividades rurais. Os cursos para empreendedores, o treinamento do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e as palestras abertas a toda população ensinaram a enxergar o potencial turístico da cidade.

Planalto passou a receber shows de artistas populares e realizou caminhada ecológica concorrida, em novembro de 2018. Foi reinaugurado o Centro de Cultura Ernesto José Machado de Souza, ao fim de uma obra bancada pela Usina. O lugar passou por impermeabilização, pintura, sonorização e iluminação de última geração, além da troca de piso, assentos e acústica.

Força aos empreendedores locais

Graças à iniciativa do CEBI, empreendedores locais foram atraídos para a indústria do turismo. Alvair Luiz Cordasso, o Tito, começou primeiro. Dono do hotel Tito’s, em Capanema, ele não para de investir no negócio, acreditando sempre no crescimento. No início de 2019, empenhou R$ 318 mil em 286 placas de energia solar, investindo em energia sustentável. O retorno, espera, virá rapidamente.

Tito, 53 anos, inaugurou a primeira versão do hotel ainda na vizinha Planalto. Como estava sempre lotado, procurou lugar maior e, em 2007, comprou um imóvel na principal via de Capanema. Começou com 28 quartos e, hoje, são 68 administrados com carinho por Tito, sua filha e 12 funcionários.

Sobre o projeto de capacitação, é só elogios: “Ganhamos conhecimento da área. Aprendi que vale a pena investir no negócio, apostar em inovação e botar em prática as novas ideias”, ensina.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Este programa se alinha prioritariamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico) e 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis).

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