Um estudo pioneiro e abrangente, realizado pela UHE Baixo Iguaçu, por meio do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI), trouxe descobertas inéditas sobre o surubim-do-Iguaçu (Steindachneridion melanodermatum), o maior peixe endêmico da bacia do rio Iguaçu e considerado “Em Perigo” (EN), pelo Livro Vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. Esta iniciativa faz parte do Subprograma de Comportamento Migratório por Biotelemetria, integrante do Plano Básico Ambiental da usina. O objetivo central foi acompanhar os deslocamentos da espécie ao longo do rio Iguaçu e seus afluentes, identificar áreas importantes para sua sobrevivência e compreender os impactos causados por barreiras físicas no curso do rio.
O monitoramento cobriu uma ampla área, estendendo-se desde a UHE Salto Caxias até antes das Cataratas do Iguaçu. Para isso, foram utilizados recursos tecnológicos avançados, como radiotelemetria e telemetria acústica, com a instalação de 15 bases fixas de monitoramento. No total, 100 surubins foram capturados e marcados em períodos distintos, antes e depois do enchimento do reservatório da UHE Baixo Iguaçu. As capturas ocorreram em pontos estratégicos, como o Poço Preto, áreas do Parque Nacional do Iguaçu (PARNA) e o reservatório da UHE Baixo Iguaçu, utilizando redes e espinhéis.
Após uma cirurgia minimamente invasiva para a implantação dos transmissores, os peixes passaram a ser acompanhados mensalmente por biólogos em campo, com o apoio das bases fixas e rastreamento móvel.
O maior exemplar registrado atingiu quase 13 quilos de biomassa corporal.
A espécie demonstra um comportamento de permanência na região, preferindo permanecer em poços específicos e realizando deslocamentos curtos. Essa característica, que indica que o surubim-do-iguaçu não realiza migrações longas, foi confirmada por análises genéticas de tecidos da nadadeira caudal. As análises genéticas também indicaram alta diversidade genética e a presença de múltiplas populações distintas na região do parque.
Desde o início dos anos 2000, a presença da espécie acima do barramento tem sido rara. Esta raridade pode estar ligada à pesca predatória e à pouca proteção das áreas vizinhas, ressaltando a necessidade de evitar a pesca para a sua sobrevivência.
Este estudo encerrou com resultados históricos e foi destaque no primeiro ciclo de monitoria do Plano de Ação Nacional (PAN) para a conservação da ictiofauna do Baixo Iguaçu. As descobertas são informações importantes para a conservação do surubim-do-iguaçu, espécie ameaçada, e vão ajudar na criação de estratégias mais eficazes de proteção e manejo.
A iniciativa reforça o compromisso do CEBI em atuar de forma responsável, conciliando a geração de energia com a preservação da biodiversidade do rio Iguaçu.
Ajude a garantir a sobrevivência do Surubim-do-iguaçu. Não pesque, não compre e denuncie qualquer atividade ilegal pelo Disque Denúncia – 181. Preservar é o nosso compromisso com o futuro do rio Iguaçu e sua biodiversidade!


